Saúde do Homem
De olho nos melhores cuidados
Quando falamos em saúde do homem, lembramos logo da próstata!
E não é por acaso, é que a próstata, por vezes até esquecida, tem importantes e essenciais funções que atuam diretamente na qualidade de vida dos homens. Portanto é fato e verdadeira essa relação da saúde do homem com a próstata.
A próstata é um dos órgãos do sistema reprodutor estritamente masculino que apesar de pequena, podendo se comparar ao tamanho de uma castanha e com peso aproximado de 20 a 25 gramas é também complexa.
Entre suas importantes funções destaco que ajuda a prevenir infecções e a saúde da uretra, através do líquido prostático produzido pela próstata além de ocupar um importante papel na fertilidade do homem, dentre outras funções.
Entretanto, ao longo dos anos é natural e esperado um aumento de seu tamanho o que pode ocorrer normalmente a partir de 40 anos, podendo acometer até 80% dos homens após os 80 anos.
O que nesses casos não se trata de um câncer.
Esse crescimento benigno da próstata é denominado HPB (Hiperplasia prostática benigna). E é sobre a HPB, um dos problemas que tenho estudado, acompanhado e tratado muito que compartilho aqui.
Algumas condições que quero destacar podem estar associadas a esse crescimento, o que direciona logo para um olhar mais atento e um acompanhamento mais criterioso que são:
Além de uma boa conversa com o paciente para entender a história clínica e ser examinado pelo médico, pode ser indicado a realização de exames complementares também como parte desse olhar atento e desse acompanhamento extremamente relevante.
Ressalto que STUI (sintomas do trato urinário inferior), que citei não são encontrados apenas na HPB (hiperplasia prostática benigna), podem estar relacionados a outros tipos de doenças do trato urinário.
Mediante o diagnóstico da HPB, buscando o melhor resultado existem alguns fatores que o urologista e o paciente poderão optar, o que poderá ser desde um simples acompanhamento, utilização de medicamentos ou até mesmo uma intervenção cirúrgica.
A boa notícia que trago é que os recursos da medicina ou a evolução tecnológica para esses tratamentos da HPB (hiperplasia prostática benigna), e consequentemente para a melhoria e manutenção da qualidade de vida tem sido amplamente evoluídos com respostas extremamente satisfatórias.
A hiperplasia benigna da próstata se assemelha a um abacate, onde o seu caroço seria o adenoma e a parte comestível seria a zona periférica e anterior da próstata.
Em uma comparação da próstata com uma laranja podemos dizer que tem também uma casca que seria a cápsula e os gomos” no seu interior que seriam os adenomas. São estes “gomos” que causam o aumento do volume da próstata.
E como a uretra passa pelo meio dos adenomas (“gomos”), é comprimida e estrangulada com esse crescimento.
Um desses recursos para o tratamento que foi e continua utilizado é a RTU da Próstata (Ressecção transuretral da próstata). Técnica utilizada há mais de 80 anos, com alguns avanços ao longo dos anos.
A RTU da próstata é realizada com um aparelho endoscópico que atravessa a uretra e faz uma espécie de raspagem das áreas aumentadas da glândula.
O paciente fica com a sonda por 2 a 3 dias e a retirada é na alta hospitalar. É normal sentir um pouco de dor e ter um sangramento leve após a retirada da sonda.
Porém, nesse tipo de cirurgia acontece apenas uma “raspagem” da próstata ou desses “gomos” e não uma retirada total, o que pode levar a uma nova cirurgia ao longo do tempo devido essa não retirada total ou a necessidade de utilização de medicamentos.
Outra técnica utilizada é a laparoscopia, uma cirurgia complexa, mais invasiva, demorada e com uma chance maior de sangramentos. São introduzidas pinças no abdome, em média em cinco perfurações. Através dessas pinças o cirurgião corta a bexiga ao meio para a retirada do adenoma. É necessário uma habilidade, controle e assertividade muito grande do cirurgião.
Essa técnica de laparoscopia foi evoluída e chegou-se à cirurgia robótica que já é totalmente precisa e minuciosa. O cirurgião no controle do robô consegue resultados indiscutivelmente melhores, com a destreza dos movimentos. Contudo para o tratamento cirúrgico da HPB a cirurgia robótica ainda é considerada “invasiva” podendo ainda não ser a melhor solução e não apresentar o melhor custo benefício para o tratamento cirúrgico da HPB.
