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SAÚDE MENTAL É FUNDAMENTAL

Por que a saúde mental é tão importante? Os números são preocupantes no cenário brasileiro. Aprenda como lidar com essas questões através de uma visão sobre a prevenção, percepção e tratamento dos problemas de saúde mental.

Artigo publicado no jornal O Popular em 20 de abril de 2024

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Mais da metade dos brasileiros (52%) acreditam que a saúde mental é o principal problema do país quando se fala de bem-estar da população. É o que mostrou a pesquisa “Global Health Service Monitor 2023” realizada pela Ipsos. Esta preocupação não é à toa.

De acordo com o Ministério da Previdência Social, o número de afastamento do trabalho por problemas de saúde mental em 2023 foi 38% maior do que em 2022. Mais do que o afastamento do ambiente de trabalho, hoje os problemas de saúde mental também afetam o relacionamento social e familiar de milhões de brasileiros.

Mas o que é saúde mental? Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, é “um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade”.

TDAH, dependência química, burnout, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) são alguns exemplos de problemas de saúde mental mas, entre as doenças mais comuns, a depressão e a ansiedade são as que prevalecem em nosso país.

Segundo o último mapeamento da OMS, enquanto 9,3% dos brasileiros sofrem de ansiedade, 5,8% da população brasileira sofre de depressão. No total, são mais de 30 milhões de pessoas diagnosticadas, sendo o Brasil o país das Américas com o maior números de casos de ansiedade.

E esses números destacam a urgência de abordar as questões de saúde mental para trabalhar três pilares: prevenção, percepção e tratamento. A primeira é fortalecer as ações de prevenção: a boa higiene e qualidade do sono, a prática de atividades físicas, a priorização de uma alimentação saudável e cultivar relações pessoais positivas são importantes para a boa saúde mental.

A segunda é combater a discriminação e o estigma associado aos problemas de saúde mental, ainda tratados pela sociedade como “fraquezas de personalidade” ou, até mesmo, comportamentos por ausência de fé e religião.

Para isso, é fundamental aumentar as iniciativas de conscientização e promoção da saúde mental com campanhas e programas de apoio psicológico, em diferentes níveis, desde órgãos públicos até instituições privadas. Iniciativas como o Janeiro Branco e o Setembro Amarelo, por exemplo, têm colaborado no sentido de percepção das duas principais doenças mentais no país. A terceira é aumentar a oportunidade de diagnóstico e tratamento para todos.

Problemas de saúde mental precisam ser diagnosticados e tratados corretamente, com acompanhamento médico psiquiátrico, planos de tratamento individualizado e medicação adequada, trabalhando em conjunto com outros profissionais de saúde, como psicólogos e terapeutas, para garantir o melhor cuidado ao paciente.

Em suma, hoje, devido ao grande aumento do número de diagnósticos, estar atento e cuidar da saúde mental é tão fundamental para o bem-estar quanto prevenir, por exemplo, o diabetes, que hoje atinge menos adultos do que a ansiedade e depressão.

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